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O Retorno ao Varejo Físico da Construção e os Benefícios para Diferentes Tipos de Lojas

No Brasil, o varejo tradicional da construção possui uma longa tradição, com lojas físicas especializadas que fornecem uma ampla variedade de materiais de construção e produtos relacionados. Essas lojas geralmente são visitadas por profissionais da construção, como empreiteiros, arquitetos e proprietários de imóveis, que preferem examinar pessoalmente os produtos antes de fazer uma compra.

Como sabemos, a pandemia da COVID-19 impactou significativamente o setor de varejo da construção no Brasil, assim como em muitos outros países ao redor do mundo. As medidas de distanciamento social e as restrições impostas para conter a propagação do vírus limitaram a capacidade das pessoas de visitar lojas físicas e interagir diretamente com os produtos.

Diante dessas restrições, muitos consumidores migraram para o comércio eletrônico como uma alternativa conveniente e segura para adquirir produtos de construção. As lojas online e marketplaces ofereceram uma ampla gama de opções, permitindo que os clientes pesquisassem, comparassem preços e fizessem compras sem sair de casa. Essa mudança para o comércio eletrônico teve um impacto significativo nas lojas físicas do varejo tradicional, que viram uma redução no número de clientes e nas vendas.

No entanto, agora que o mundo começou a se recuperar da pandemia e as restrições são gradualmente relaxadas, verificamos uma volta dos consumidores ao varejo físico da construção, porém bem mais exigentes. Embora o comércio eletrônico tenha proporcionado conveniência durante a pandemia, muitos consumidores ainda valorizam a experiência de visitar lojas físicas, onde podem ver e tocar os produtos, obter conselhos especializados e interagir com os vendedores. Isso demanda uma qualidade profissional da equipe e treinamento superiores.

Além disso, o setor de construção é composto por muitos produtos e materiais volumosos, como madeira, cimento e azulejos, que podem ser desafiadores de serem adquiridos online devido aos custos de envio e à logística envolvida. Sendo assim os consumidores estão voltando a preferir o varejo físico para esses e demais tipos de compras.

Para se adaptar a esse novo cenário pós pandemia, as lojas de varejo tradicionais da construção no Brasil começam a adotar estratégias que combinam a experiência física com elementos do comércio eletrônico. Por exemplo, muitas lojas implementaram sistemas de compra online e retirada na loja, permitindo que os clientes façam pedidos pela internet e retirem os produtos pessoalmente. Além disso, investiram em tecnologia e oferecem opções de pagamento digital atraindo aqueles consumidores que se acostumaram a realizar transações online durante a pandemia.

Durante a pandemia, o comércio eletrônico experimentou um aumento significativo em faturamento em todo o mundo, incluindo no setor de varejo da construção. Embora não possua números específicos, sabe-se que muitos consumidores migraram para as compras online devido às restrições de distanciamento social e ao fechamento temporário de lojas físicas.

A expectativa de retorno dos consumidores ao varejo físico só vem aumentando no pós pandemia, baseado em tendências anteriores e na natureza do setor de construção, onde a experiência física e a inspeção dos produtos podem ser valorizadas pelos clientes. 

Esse retorno ao varejo da construção após a pandemia começa a trazer benefícios distintos para diferentes tipos de lojas, incluindo as lojas de bairro, as lojas especializadas de médio porte e os grandes home centers. Verifiquemos alguns exemplos para ilustrar melhor essa realidade:

Proximidade e conveniência: as lojas de bairro geralmente estão localizadas nas proximidades das comunidades e bairros, o que oferece conveniência aos clientes. O retorno ao varejo físico vem aumentando o tráfego de clientes locais, preferindo comprar materiais de construção e produtos relacionados em lojas próximas a suas residências.

Atendimento personalizado: essas lojas têm a vantagem de conhecer seus clientes de forma mais próxima. Isso permite oferecer um atendimento mais personalizado, entendendo as necessidades individuais dos clientes e fornecendo recomendações específicas para projetos de construção. Essa abordagem personalizada vem se mostrando um diferencial em relação às grandes lojas.

Expertise e conhecimento técnico: já as lojas especializadas de médio porte costumam ter uma equipe de vendas experiente e especializada em produtos de construção específicos. Os clientes que buscam orientações e conselhos especializados para projetos complexos podem encontrar nesses estabelecimentos um suporte mais aprofundado, com vendedores que possuem conhecimento técnico sobre os produtos e suas aplicações.

Variedade e seleção especializada: normalmente oferecem uma variedade mais ampla de produtos especializados do que as lojas de bairro. Os clientes que procuram por materiais de construção específicos, ferramentas elétricas ou manuais especializados ou produtos de alta qualidade podem encontrar uma seleção mais adequada nessas lojas, o que pode ser um atrativo para o retorno ao varejo físico.

Assortimento completo: os grandes home centers geralmente oferecem uma ampla gama de produtos de construção e serviços relacionados em um único local. Essa variedade permite que os clientes encontrem tudo o que precisam para seus projetos em um só lugar, proporcionando comodidade e economia de tempo.

Escala e poder de compra: as grandes redes geralmente têm uma vantagem em termos de escala e poder de compra. Isso pode resultar em preços mais competitivos e acordos especiais com fornecedores, o que pode atrair os clientes em busca de melhores ofertas e economia.

Serviços adicionais: além dos produtos, os grandes home centers muitas vezes oferecem serviços adicionais, como entrega, instalação e assistência técnica. Esses serviços podem ser valorizados pelos clientes que desejam uma solução completa e conveniente para suas necessidades de construção.

Embora o comércio eletrônico tenha seu lugar e benefícios no setor de materiais de construção, o varejo físico continua sendo uma escolha valiosa para os consumidores. A possibilidade de ver e tocar os produtos, receber atendimento personalizado, obter uma experiência imediata e interagir socialmente são aspectos que tornam o varejo físico indispensável. Portanto, o retorno aos estabelecimentos físicos de materiais de construção no pós pandemia é uma “nova oportunidade” para os consumidores desfrutarem desses benefícios e desfrutarem de uma experiência completa e gratificante ao realizar seus projetos de construção.

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