BLOG PELLICANO
Nem todo mundo sabe, mas neste ano da graça (ou falta dela) de 2022, o mundo registra 44 países sem saída para o mar. São os chamados landlocked countries - ou double landlocked, quando confinam com nações igualmente enclausuradas.
Tomo o fato de empréstimo à geografia política apenas para perguntar: quem é que no trabalho (também poderia dizer “na vida”, mas aí ia virar papo de guru) eu dizia, quem é que no trabalho nunca se sentiu landlocked, quer dizer, cercado de problemas por todos os lados?
E o que fazer neste cenário ao qual, para piorar, a pandemia veio acrescentar uma segunda fronteira de isolamento? Seguir o exemplo da Eslovênia que empurrou a Itália um pouco para a direita, a Croácia um pouco para a esquerda, e cavou 47 km de costas no Adriático?
Ou ficar com o Liechtenstein, a Suíça, a Áustria e tantos outros que, em vez de lamentar a condição de oceanlessness ou partir para a beligerância, viraram-se para dentro e usaram sua força interior (com perdão do trocadilho)?
Se me permitem meter a colher, fico com the latter. A saída não é mais competir - roubando espaços uns aos outros - mas sim colaborar. Mesmo porque só está realmente cercado quem coloca a solução fora do perímetro que o cerca.
Agora, sim, virou papo de guru.
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