O APL (Arranjo Produtivo Local) Têxtil e de Confecção de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Hortolândia foi escolhido para implantação de um projeto piloto do governo do Estado, em parceria com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), sobre economia circular. A proposta foi apresentada em reunião dia 12 de julho, no Sinditec (Sindicato das Indústrias Têxteis), pela coordenadora de Desenvolvimento Regional e Territorial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Adriana Tedesco Telerman, pela diretora de Inovação e Negócios do IPT, Claudia Echevenguá Teixeira, e equipe técnica do instituto.
O presidente do Sinditec, entidade gestora do APL, Leonardo Sant’Ana, confirmou a parceria ao projeto. O tema já estava sendo discutido pelo APL desde 2020, junto com as entidades parceiras. Também participaram da reunião o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rafael de Barros, o diretor titular do Ciesp Americana e presidente da Fidam, Leandro Zanini, e a diretora do Sinditec, Marize Borges Leitão de Carvalho.
O conceito de economia circular está baseado em promover ações de responsabilidade socioambiental, envolvendo pessoas e empresas com a finalidade de repensar novos projetos, reduzir impactos e resíduos, reutilizar produtos e reciclar materiais e energia. A construção de uma economia circular representa ainda projetar melhores produtos e serviços.
A diretora do IPT disse que esse projeto está alinhado com o Plano de Desenvolvimento Econômico do Estado 2022-2040, ajudando a construir essa agenda no pilar ambiental. Entre os objetivos estão: promover a nova economia têxtil e gerar novas oportunidades, elaborar diretrizes para um sistema de valorização de boas práticas e dar capacitação para o setor. Atividades existentes com foco na sustentabilidade ou aspectos parciais da economia circular devem ser complementadas por uma abordagem mais ampla.
“A nova economia têxtil provoca um crescimento em direção a um sistema que mantém os resultados econômicos, porém com resultados sociais e ambientais substancialmente melhores. Uma visão para um novo sistema produtivo que não somente acaba com tendências negativas, mas aproveita o poder criativo da indústria da moda para desenvolver novos modelos de negócio para roupas”, comentou.
Prática – O presidente do Sinditec ressaltou que já existe uma estrutura na região para receber esse projeto, com integração da cadeia têxtil, e que o setor já pratica ações de economia circular, como a reciclagem e reaproveitamento de materiais, como cones, papelão, plástico, óleo, restos de fios e retalhos de tecidos, mas é um processo que precisa ser aprimorado.
Outro ponto importante da proposta, segundo Leonardo, é que contemplará a destinação alternativa e mais nobre para o lodo do tratamento de efluentes de estações biológicas têxteis, além da possibilidade de criação de um selo ou certificado das empresas que tem preocupação com o meio ambiente e investem em sustentabilidade.