Com forte apoio e atuação do Sinditec, foi determinada a prorrogação, por mais um ano, da suspensão do direito antidumping aplicado às importações brasileiras de fios de filamentos sintéticos texturizados de poliésteres. A aprovação aconteceu nessa terça-feira (15/08) em reunião do Comitê Executivo de Gestão (Gecex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O Sinditec esteve representado por Francisco de Azevedo Marques Jensen, da Comexport Companhia de Comércio Exterior, em reunião realizada recentemente com o ministro de Desenvolvimento e Indústria e vice-presidente, Geraldo Alckmin, com a participação de empresários do setor, do Sintex (Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Vestuário de Blumenau – SC), e dos senadores Cid Gomes e Vanderlan Cardoso. Nesse encontro reforçaram o pedido para manutenção da suspensão do direito antidumping, mostrando o grande prejuízo e impactos negativos para toda a cadeia têxtil em caso de uma decisão contrária.
Desde o ano passado o Sinditec atuou ativamente nesse processo, mobilizando empresas do setor e autoridades, e tomando todas as medidas possíveis pela não aprovação do antidumping. Em 2022 a suspensão foi conseguida por razões de interesse público e mantida pelo Gecex na reunião dessa semana.
Restrição - O setor continua fortemente dependente do fornecimento internacional do fio de poliéster texturizado, já que quase dois terços do mercado brasileiro não pode ser atendido pelas fabricantes nacionais, devido à sua restrição em capacidade produtiva.
“É importante destacar os esforços do Sinditec, seus associados e outras entidades para alcançarmos esse resultado. Com muita organização, mobilização e pressão, conseguimos sensibilizar o governo federal dos problemas que o antidumping causaria para todo nosso setor”, ressaltou o presidente Leonardo Sant’Ana. O poliéster, depois do algodão, é o fio mais utilizado no Brasil, impactando a produção de roupas, calçados, cama, mesa, banho e outros segmentos.
Se o antidumping fosse aprovado, o custo de se produzir no Brasil aumentaria para as malharias, tecelagens e confecções, que já estão sofrendo enorme concorrência da roupa pronta sendo importada. Outras consequências seriam perda de competitividade, aumento de preços, redução das vendas e da produção, provocando demissões e perdas salariais.